Publicado em:23 de abril de 2017

Nova entrevista de Kristen para The Sydney Morning Hereld


Interpretando Bella Swan no sucesso fenomenal Crepúsculo trouxe a adolescente Kristen Stewart à adoração global e instalou-a como uma metade do poderoso casal de Hollywood com o seu par romântico nas telas – e fora das telas – Robert Pattinson.

Mas longe de florescer sob os flashs intermitentes da mídia, a estrela pareceu crescer mais carrancuda, mal-humorada e mais frustrada a cada parte da gigantesca franquia de vampiros, que a empurrava ainda mais para centro das atenções, e por um tempo parecia que ela poderia se distanciar inteiramente.

“Eu era muito, muito jovem; eu tinha 17 anos,” ela diz. “Era muito insano. Era muito assustador tentar fazer as pazes com quantas pessoas queriam saber de cada detalhe da minha vida. Eles queriam tudo. Era demais. Eu não conseguia digerir o que estava acontecendo. Eu era muito insegura para colocar para fora o que era.”

No entanto, apesar dos aspectos mais problemáticos de sua rápida ascensão à fama, Stewart aprendeu a apreciar que esses anos fizeram dela quem ela é hoje. “É central para minha historia pessoal;  me moldou incalculavelmente e me ensinou muitas lições sobre mim, sobre as pessoas e sobre a sociedade”, ela revela. “É engraçado o tanto que eu odiava atenção. Eu realmente odiava – eu não acho que isso era segredo – mas agora eu não olho para trás e me lamento e penso ‘Que fase horrível, estou traumatizada’ Me fascina mais.”

Agora com 26 anos, a atriz amadureceu para uma confiante e sincera mulher. Longe de surtar diante da pressão de ser uma estrela, ela esta criando sua própria marca como um ícone LGBTI e uma séria artista, evitando os filmes comerciais para títulos europeus de arte como Equals, Clouds of Sils Maria e seu mais recente, Personal Shopper.

Dirigido pelo cineasta francês Olivier Assayas – que já trabalhou previamente com a atriz em Sils Maria – o filme conta a história de Maureen (Stewart), uma americana que vive em Paris e trabalha como personal shopper para uma grande celebridade. Sua vida toma uma volta dramática quando ela começa a receber mensagens em seu celular de seu irmão gêmeo recém-falecido e é assombrada por sua presença fantasmagórica, enviando-a para uma espiral descendente de dúvida quando ela começa a questionar sua própria sanidade.

O filme é uma demonstração de discutivelmente a melhor performance da carreira de Stewart, ganhando uma exaltação enorme dos críticos e rendendo à Assayas o premio de Melhor Diretor no Festival de Cannes do ano passado. Mas apesar de extremamente satisfatório artisticamente, Stewart admite que fazer o filme foi uma experiência esgotante e solitária.

“Foi um filme muito emocional e é minha maneira de trabalhar em que eu me empurro até onde eu posso ir para alcançar esses extremos”, diz ela. “Maureen está constantemente gastando toda sua energia e se movendo freneticamente, porque isso a distrai de enfrentar sua dor. Mas isso é o que torna o processo de atuar excitante para mim. Eu me sinto mais viva e preenchida quando estou sofrendo e atingindo o ponto de exaustão.”

Enquanto uma isolada e frágil Maureen anda à beira da loucura, o filme não tenta explicar os acontecimentos sobrenaturais acontecendo, mas prefere os explorar como um efeito colateral de sua dor. Naturalmente, a própria experiência de Stewart como uma relutante e louvada famosa a ajudou de alguma forma a se relacionar com o isolamento de sua personagem. Mas mesmo assim, a atriz diz que aqui era muito pouco do que ela poderia fazer para se preparar para um papel tão traumático.

Ela é uma americana em Paris; ela é uma alienígena em todos os sentidos. Ela está enraizada, enterrada no processo de luto por seu irmão gêmeo. Ela é uma meia pessoa, fraturada e quebrada. Está é uma mulher que quer tanto acreditar em qualquer coisa concreta, porque ela está chocada, porque seu sistema de crenças está completamente sobrecarregado pelo que ela está passando. Há uma infinita e crucificante sequência de “talvez” que confrontam sua lógica e a si mesma.

O filme, embora não forneça exatamente nenhuma resposta, levanta muitas questões existenciais sobre a vida, a morte e o destino, um aspecto do processo que Stewart diz  que “assustou, animou e moveu” ela.

“Porque todos os dias, todos nós encontramos coisas, momentos e eventos que não podemos articular”, diz ela com fervor. “Como uma vibração de uma pessoa, uma atmosfera de um lugar que você não pode explicar, que você não pode tocar ou ver, mas você pode sentir. Todos nós podemos dizer que experimentamos aqueles minutos de profecia, onde nós sonhamos com que poderia acontecer e então acontece.”

É difícil determinar se a carreira de Stewart é a que ela sonhou, ou se tem sido uma evolução natural de sua infância. Nascida em LA de pais que trabalham na indústria do entretenimento – seu pai, John, é produtor de TV e gerente de palco; sua mãe, Jules, que é originalmente de Queensland, é uma supervisora de roteiro – Stewart praticamente cresceu em sets de filmagem e conseguiu seu primeiro grande pap





Via

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial