Publicado em:26 de outubro de 2016

Anna Kendrick na Capa da Glamour México de Novembro! [Atualizado]

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Outtakes



Entrevista

Essa menina – de Portland, Maine – é uma das atrizes mais exitosas do meio (e também muito cotada, com muitas estreias por vir) e agora chega aos cinemas com o filme O Contador. Com uma carreira grandiosa, uma voz fabulosa e um humor incrível. Existe algum que Anna não possa fazer?

Se tem algo que podemos falar com todo certeza é que Anna Kendrick é talentosa e que todos seus personagens são adoráveis, mas isso certamente se deve ao fato da vida real dela ser assim. Desde o instante que começamos a conversar, não houve um momento sem risadas, embora quando falávamos de seus compromissos profissionais ela ficava mais séria. Começou sua carreira em obras de teatro, incluindo um musical na Broadway chamado High Society. Posteriormente fez filmes independentes, para depois ganhar o papel que a colocaria no radar de Hollywood. Twilight, onde interpretou Jessica Stanley, a melhor amiga de Bella Swan (Kristen Stewart). A partir dai, a sorte esteve a seu favor e conseguiu vários protagonistas, sendo Amor Sem Escalas, com George Clooney, um dos mais importantes, já que ganhou nomeação como “Melhor Atriz Coadjuvante” nas premiação Golden Globes, Screen Actor Guild Awards e no BAFTA (algo mais?). Daí por diante, a temos visto em outros êxitos, como 50% e A Escolha Perfeita. E esse mês, Anna estreia O Contador, um filme intenso, que conta a história de Chris (Ben Affleck), um homem com uma mente extraordinária para a matemática, ainda que esse grande talento será usado para algo mais obscuro (e emocionante) que uma agenda cheia de contas e cálculos de impostos. A personagem de Anna, Danna, mudará a perspectiva de Chris sobre as pessoas e a maneira em que impacta nossa vida. Com tantos acertos em sua trajetória, nessa entrevista você lerá os plano de Anna para conquistar o mundo (ainda que acreditamos que ela já tenha conseguido).

O filme O Contador tem de tudo: ação, drama, muitos momentos intensos… Ficamos encantados! Ben Affleck e você fazem um grandioso trabalho. Como você se preparou para esse papel?

Minha mãe é contadora, então pedi ajuda para entender a trama, já que alguns conceitos são muito concretos e queria estar certa de estar convincente na interpretação, Danna (meu personagem) é muito talentosa com números (mas não tanto como Chris, interpretado por Ben). Nunca me dei muito bem com a matemática, desafortunadamente não herdei  isso da minha mãe, de modo que sentamos durante várias horas e revisamos o roteiro. Foi interessante, triste que no momento exato em que terminamos as gravações, tudo saiu muito rápido da minha cabeça. Também tratei de pensar quem era Danna e o que aconteceu na sua vida. Tem uma cena especial entre ela e Chris onde ela conta coisas de sua família, é algo muito intimo e ajudou para conhecê-la e construí-la.  Ela conta que queria estudar algo mais criativo, mas seu pai foi quem a motivou a seguir aquele caminho, onde encontraria trabalho facilmente.  E eu gostei de como ela se relaciona com Chris; a primeira vista podia pensar que é limitado, mas para Danna ele tem um potencial enorme. O admira e gosta de sentir isso. A ele, graças a seu dom, não custou tanto trabalho para escolher seu destino como a Danna, ele já sabia.

Como foi trabalhar com Ben Affleck? Fazem um grande equipe!

Incrível. Ben fez muitas investigações sobre o tema, e nosso diretor, Gavin O’Connor, também estava com gente correta para armar uma história boa e genuína. Eu me preparei para reagir a qualquer personagem que Ben quisesse trazer para o cinema, pois foi algo que ele criou. Fizeram minha vida simples porque era entrar no estúdio e me adaptar as situações, somente tinha que ensaiar perfeitamente meus diálogos.

Definitivamente, o giro que tem a história é emocionante. Acredita que a frase: “nunca julgue um livro pela capa”?

Claro! Isso é parte da diversidade da vida, não? Por exemplo, eu gosto de mostrar para as pessoas que eles se equivocam sobre mim. E não falo só das primeiras impressões; quando você mostra as pessoas que te conhecem desde sempre o que você é capaz e até onde você pode chegar, são momentos emocionantes.

Apesar do filme se tratar de um assunto sério, sua personagem é relaxada e acessível. Você se identifica com a Danna?

Eu gosto de pensar que sou assim, uma pessoa que você pode se aproximar com facilidade… Desafortunadamente, as pessoas pode chegar a pensar que não é assim por eu ter resting bitch face. E eu sofro! Eu acredito que sou uma pessoa que você pode sentir proximidade.

Você pensa muito no que as pessoas podem te falar?

Não tanto. Isso que falei (na pergunta anterior) só aconteceu com algumas pessoas. Me sinto afortunada porque minhas experiências com as pessoas (pessoalmente e online) são boas, a maioria é amável, e eu agradeço. Afinal não me preocupa, eu foco somente nas coisas boas.

Com 13 milhões de seguidores, no instagram e no twitter, você deve sentir muita pressão. A fama não te mudou?

No inicio era estranho. Quando apenas começava a carreira e eu não me reconhecia tanto, me sentia nervosa poque não queria falar coisas equivocadas e tinha medo de decepcioná-los. Isso me preocupava. Não queria decepcionar ninguém, assim que houve um momento que tratei de ser a menina digna de concurso de beleza, mas os anos passaram, tomei confiança e meu sarcasmo e personalidade foram mostrados ao mundo. Graças a isso me sinto mais cômoda em público e não tenho medo de conversar com as pessoas. Gosto que meu tipo de humor já é conhecido e posso brincar com todo mundo…  Espero que pensem o mesmo!

É bom sair desse estereotipo de que as mulheres devem ter um humor inocente, um pouco de sarcasmo não faz mal.

Claro! Fico encantada que já não importa gênero, raça, religião ou orientação, agora você tem a oportunidade de escolher o que quer. E não se trata de ser irreverente; Sara Milican do Reino Unido é hilariante, e seu humor é doce. Por outro lado, está a Sarah Silverman, que é acida, mas igual de desfrutar. Gosto que nossa percepção se abra para qualquer tipo de gênero, não importa quem seja. Me fascina estar cercada de pessoas graciosas.  Acredito que não poderia me conectar com pessoas que não tenha algo sarcástico e de bom humor. Você pode ser uma boa pessoa, amável com o mundo, mas se não brinca nem um pouquinho, meu cérebro me manda uma mensagem de alerta:”Cuidado! Não confie nessa pessoa!” (risos).

Temos que ter cuidado! E o que te faz feliz?

Muitas coisas! Protetor solar, internet, açúcar e escapar das minhas responsabilidades. Já sabe, o que faz todo mundo feliz.

Não poderia seguir meus dias sem isso. E as coisas que te motivam?

Nesse trabalho, as boas oportunidades chegam repentinamente, inclusive se você não está preparada, e sou consciente de que tenho somente 24 horas para completar minhas metas. Meu segredo é concentrar nos meus brincos, tomar um Red Bull e entrar em pânico. Não tem nada que me mova mais a seguir adiante do que isso.

Desde jovem você esteve envolvida em projetos que envolviam os palcos. Quando soube que queria seguir esse caminho?

Eu tenho perguntado muitas vezes isso a mim mesma, mas somente quis fazer, desde que me lembre e desejo que siga assim.

Quais foram os momentos mais difíceis?

Uff, os primeiros anos da minha carreira. Tinha um ritual de ver a conta bancaria e pensar quantos dias poderia suportar viver no meu carro. Muitas coisas me faziam pensar que talvez não ia dar certo e que deveria considerar outras opções. Mas aos 17 anos conheci uma menina que me falou: “Fique calma. Não pode só pensar em dinheiro. Isso vai chegar sozinho”. E em momentos intensos, quando acreditava que ia ser despejada (risos), pensava que as coisas iam se resolver, tinha somente que seguir me esforçando. Cada vez que lembro das palavras dela, sinto que foi um conselho vindo do coração. Fico feliz de tê-la escutado e ter acreditado.

A paciência é um grande aliado. Por outro lado, no filme, sua personagem conta a Chris sobre uma anedota, em que ela busca ser a menina com o “efeito wow”. Você também é?

(Risos) Claro que não! Esse tipo de ideia resulta em ser falsa, mas todas as mulheres já tivemos. Nessa cena, Danna fala sobre o desejo de ser aceita e as conexões que queria, mas essa história era de quando era muito jovem, estava no período da escola e queria que à aceitassem. Mas quando se é adulto, são poucas as pessoas pelas quais deveria buscar esse tipo de aprovação. Seus amigos ou sua família, mas eles te querem como você é. Esse momento do filme é uma ilustração de como queremos conectar as pessoas, mas no mal sentido. Ela se dá conta disso, e Chris observa que existem maneiras mais importantes e profundas de conhecer as pessoas.

Então como poderia obter o “efeito wow” agora?

De maneira rápida? Coloque fogo em alguma coisa em um quarto cheio de gente. Você vai chamar atenção rapidamente. Super garantido!

Te vimos em diversos gêneros cinematográficos, desde drama e comédia até terror, em The Voice, com Ryan Reynolds. Você gostaria de experimentar algo novo? 

Esse filme foi um desafio grandioso, uma combinação de todo. Agora me sinto um pouco cobiçosa.

Como foi trabalhar com Marjane Satrapi, a diretora dessa grande história?

Estava tão feliz de fazer, me esforcei muito. Amo o livro e o filme de “Persépolis”, e me lembro certinho quando falamos por Skype para se organizar. Só gostaria de me sentir bem com ela, até iluminei perfeitamente meu quarto e coloquei algumas coisas para o fundo ficar legal. Fiquei obcecada! Ela não soube de nada disso até terminarmos de trabalhar juntas.

E agora você também é autora. Logo estará publicando Scrappy Little Nobody. O que você pode nos contar sobre isso?

São ensaios autobiográficos. As vezes penso que escrevi relatos que não deveria… Definitivamente coisas que me fazem levantar a noite, aterrorizada. Foi um projeto divertido, e sigo a mesma filosofia: rir de si mesmo faz o caminho mais leve.

Pode ver alguma evolução como atriz ao escrevê-lo?

Ainda estou esperando me converter em uma adulta. Tem uma parte de mim que está buscando esse progresso, mas é bom ver comportamentos que tinha aos 21 anos que mudaram. Por exemplo, sinto que melhorei a comunicação com as pessoas que gosto. Antes dessa entrevista, estava conversando com uma amiga e me perguntava coisas de saúde, planos de vida… Tudo muito adulto! E antes a única coisa que importava era sair e beber cerveja. Isso é o que importa, essas pequenas mudanças.

Desde os 13 anos você construiu sua carreira. De acordo com sua experiência, como foi crescer na indústria?

Eu gostei porque cada uma das pessoas que conheço que estão no meio são incrivelmente trabalhadoras, e também gostam de compartir tudo e isso foi um benção. E, bom, eu sei, existem alguns loucos, mas também podem ser um exemplo para saber o que nunca fazer.

Então tudo é ficção na vida hollywoodense?

Posso resumir em duas coisas o que é o estilo de vida: cremes corretivos e spanx. Nada mais!

Como é um dia livre na vida de Anna Kendrick?

Ah, no meu caso é diferente. Eu sou muito glamourosa, sempre estou arrumada, com a vida perfeitamente organizada. Se alguém falar que é ao contrário, desde agora te juro que é um grande mentiroso (risos).

Você se sente, nesse momento, que tem controle sobre tudo?

Claro que não! Quem bom que as pessoas que me cercam são pacientes, me perdoem que não respondo mensagem em uma semana.

Incrível que fale isso! Muitos te olham como um role model.

Então meu plano malvado está funcionando no mundo!

Acredita que exista a mulher perfeita-multitask?

Não sei bem se posso chegar a definir o que é a perfeição, mas conheço muitas mulheres que fazem coisas extraordinárias. Cuidam de seus filhos, cuidam a casa, tem seu próprio negócio… Essas são as pessoas que deveriam ser perguntadas sobre seus segredos porque definitivamente não posso fazer nada disso.

Outro filme que é bem popular é A Escolha Perfeita. Um grupo de menina, sendo geniais. Qual seria a fórmula perfeita para amizade entre meninas?

Duas palavras: humor e honestidade. Essas são as qualidades importantes para mim e que conseguimos passar em A Escolha Perfeita.

Aí mesmo podemos ver outro de seus talentos: cantar. Será que teremos um álbum totalmente seu?

Ah, não acredito… Se a industria do cinema é difícil, o mundo da música é uma loucura. Exige muito tempo e energia. Tenho amigos músicos e sempre ficam surpreendidos pela solicitação e como pode ser complicado. No meu caso, o que eu gosto é poder combinar a música com os filmes, mas pelo momento é a único que farei no aspecto.

Se tivesse a oportunidade de viajar no tempo, o que você gostaria de fazer: te ver no futuro ou olhar o passado?

Se pudesse falar alguma coisa quando jovem seria: não use delineador branco e preto para ir a escola. Não sabe o que está fazendo porque os tutorias do YouTube ainda não existem, assim que não faça, por favor. E não me veria no futuro, isso sempre é uma má ideia. Ainda que aproveitaria o momento para saber de algumas coisas, e assim voltar ao presente e apostar muito dinheiro. Só por isso valeria apena fazer.

E por último, algo que queira falar as nossas leitoras?

Espero que vocês gostem de O Contador! Esse filme tem tudo. Basicamente tem muito ação, Ben Affleck chutando bundas e eu estou aí para transformar toda a situação em algo muito incomodo. E isso é o melhor que faço no mundo.




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