Publicado em:12 de dezembro de 2012

Entrevista de Nikki para o site ASCAP


O site ASCAP entrevistou a Nikki.  E na entrevista ela falou sobre a canção All I’ve Ever Needed, seus fãs, dirigir clips, e sobre ”reuniões” que ela faz na casa dela, com outros músicos até as 3 da manhã. Confiram:



Me fale um pouco sobre seu passado na musica. Você fazia música quando era menor?
Eu cantava no coral, e durante todo Ensino Fundamental e Ensino Médio eu estive ligada a  música, aprendendo como compor. Na verdade o primeiro violão que eu peguei foi a uns 5 anos atrás, mas isso não quer dizer nada, porque eu ainda sou horrível tocando.  Mas obvio que essa não era a direção que eu queria tomar. -risos- Eu venho me empenhando bastante nos últimos 5 anos, e isso não me levou a lugar nenhum. Mas, de verdade, isso tudo começou para mim porque eu escrevo poesia durante toda a minha vida. Eu acho que escrever foi o que me salvou no departamento escolar.  Eu e meu irmão frequentávamos uma escola péssima, que ficava no distrito que morávamos enquanto mais jovens. Então através da escrita eu e ele conseguimos ir para  outras e  melhores escolas em nossa vizinhança.

Com o Paul eu comecei a fazer um pouco de melodias e coisas desse tipo, e eu não contribuo em tudo na música. Então a forma que trabalhamos juntos é: eu escrevo as letras. Algumas são minhas poesias que nós apenas, literalmente, colocamos música nela.

Então algumas das canções do seu EP, já existia na forma de poesia?
Pelo menos algumas partes das músicas. Acho que seria exagero dizer que toda a letra já existia, mas pelo menos o segundo verso ou o final da canção, ou coisas desse tipo, já existia. Essa é a forma que eu e ele trabalhamos juntos. Ele é ótimo começando as músicas mas não muito bom em terminá-las, então ele tem várias pedaços de várias músicas, e eu sou boa em terminá-las. Então as vezes usamos uma parte do poema que combina com o tom, ou com a música, ou escrevemos algo novo. Essa é a forma que trabalhamos juntos.

Como foi que fizeram a canção “All I’ve Ever Needed”? Vocês escreveram usando rabiscos que já existia?
Sim, essa foi a única vez que fizemos isso. Eu senti que para fazer a canção, ser levada a sério, como  algo que nós tínhamos nos comprometido,  nós tínhamos que seguir os filmes. Paul nunca tinha visto nenhum filme da saga Crepúsculo, então nós sentamos e ele assistiu algum deles e leu o script. Por eu estar no filme, ele pode ler o script do último filme que iria ser lançado, então ele sabia sobre o que nós estávamos escrevendo. Nós sentamos juntos e começamos a escrever versos e outras coisas. Normalmente nós escrevemos separados.

Você mostrou a canção para o diretor Bill Condon, para a supervisora musical Alexandra Patsavas, ou para alguém mais?
Sim para os dois,na verdade.  E sabe, todo o estúdio. Acho que as pessoas não sabem o quanto de pessoas nós tivemos que falar sobre isso. Não acontece fácil, tipo ” Ei! E aí Bill?! Eu vou escrever algo, você pode colocar isso no filme agora?” Há um ano e meio atrás, eu cheguei no Bill e falei ” Paul e eu queremos escrever algo para o filme. Você escutaria? E ele falou “Claro eu escutaria qualquer coisa que você me mandasse, mas eu não posso garantir nada.” Ele estava tentando me explicar que teria uma chance bem remota da música acabar no filme.  Você sabe como essas coisas funcionam, várias músicas são mandadas, e não é apenas o Bill, e a Alex que escolhem. Teve momentos que nossa música estava no filme, e então fora do filme, e então eu perguntava ” Porque tiraram?” e uma pessoa qualquer do estúdio dizia, ” eu não sei se a música combina nessa cena.” Várias pessoas , em diferentes posições tem algo a dizer sobre esse assunto, então você realmente tem que ser aceito, por mais estranho que isso soe.”

Você plantou uma semente há um ano e meio atrás, bem antes de você estar casada. Como foi passar  por essa enorme mudança de vida com a pessoa que você estava colaborando nessa música, e trabalhar nessa música junto com alguém que significa tanto para você?
Eu não sei se eu conseguiria fazer isso com outra pessoa, ou de outra maneira. E Paul concordaria – ele não teria feito isso com mais ninguém. Esses filmes são, por falta de melhor palavra, muito especial para mim, muito perto do meu coração, e eu vivi com eles por tanto tempo. Eu não me importava com o fato da música acabar na trilha sonora, ou dentro do filme – Eu quero dizer, isso seria legal, mas não era meu objetivo. Meu objetivo era mostrar aos fãs que eu me sentia inspirada a ser criativa também.

Eu não sei se você sabe algo sobre os nossos fãs, mas eles são bem criativos. Eles desenham retratos – eu tenho um desenho na minha parede de um deles. Eles escrevem poesias para mim, eles escrevem ”fan fiction”.  Uma delas tornou-se o livro 50 tons de cinza. Eles são pessoas bem talentosas, e eu acho que isso vem da criadora de Crepúsculo, Stephenie Meyer. Da onde ela vem, e toda sua história, escrever esses filmes e sabendo que ele era apenas uma mãe comum que teve todas essas ideias. E a Bella Swan, nossa heroína, é descrita como uma pessoa comum. Então existem bastante coisas nesse filme que são relacionáveis, e as mulheres sentem que elas podem fazer também, se elas nos veem fazendo.

Essa foi uma resposta longa, mas eu queria mostrar a essas garotas que dizem que eu sou um exemplo pra elas, por tantos anos, eu queria dar a elas uma razão para me chamar assim, uma razão que não fosse apenas interpretar a Rosalie. Eu sinto que é importante mostrar as pessoas que não apenas um resultado, e não é sobre o quão boa você é em algo. É sobre todo o processo até você conseguir. Eu não sou a melhor cantora, eu não sou a melhor compositora, mas isso não significa que eu não deveria cantar, ou escrever. Eu queria que os fãs vissem isso. Muitos deles me disse ” Já que você (começou a compor), eu peguei um violão e tenho escrito também.” E esse é um ótimo tipo de conexão, entende?

Algum fã de Crepúsculo escreveu alguma música para você?
Sim, tem uma ótima no itunes e se chama ” Nikki Reed, Will You Marry Me?” Você deveria ouvir, porque é fantástica.

Eu ouvi ela no Spotify hoje mais cedo. Eu queria te perguntar dela mas estava com vergonha, pois não sabia como você ia reagir.
Que legal! Você está brincando? Eu tenho um marido incrível que é tranquilo com essas coisas. Ele achou e comprou no iTunes, tocou pra mim e disse ” Eu queria poder levar os créditos por essa música, mas claramente essa não é minha voz.” Foi bom. Eu queria encontrar o cara que escreveu essa música e dizer a ele. Mas, enfim, se você for no youtube tem várias garotas que escreveram canções. Essas canções são sobre a Rosalie, sobre mim, ou sobre como eu conheci o Paul. E você pode olhar pra isso, achando estranho ou assustador, ou você pode achar tudo isso uma ótima forma de expressão. Se tira essas pessoas da cama seja para escrever,ler, ou aprender um instrumento, e inspira eles a serem criativos, que mensagem ótima eu estou dando a eles, sabe? Eu sou uma pessoa comum que adora cantar, e acontece que eu estou na posição onde algumas pessoas podem me ouvir. Eu quero fazer boa música,obviamente, por isso nós fizemos nosso álbum em Nashville, com aqueles músicos – Eu queria que o processo fosse orgânico e real. Mas para mim não é uma competição, entende o que eu digo?

Você e o Paul pretendem fazer mais músicas?
Sim. Por isso nós lançamos um álbum separado de Crepúsculo.

Você vê a música como um caminho paralelo da sua carreira ?  Ou fazer filmes será sempre o número um em seu coração?

É interessante porque olhando de fora eu consigo ver isso. É difícil explicar. Eu sei como é para outras atrizes, quando eu vi elas transitarem para outras áreas, e o que parece para o resto das pessoas. Eu acho que vou apenas dizer isso: Eu tenho um enorme respeito pelo o que significa ser músico, e eu não sou músico. Eu sou casada com um. Eu estou dizendo que, se for merecido, vai acontecer.
Por agora, Paul e eu estávamos fazendo algo que fazíamos na nossa sala de estar antes de gravar. Nós gostamos de sentar com violão e cantar, e se as pessoas gostam disso, seja o que for que elas gostam- se for o fato de que nós escrevemos juntos e então parece bem pessoal para eles, como se eles tivessem em uma jornada pessoal com a gente, ou se isso parece bem  intimo, e eles querem fazer parte disso- nós só estamos fazendo o que nós fazíamos antes disso começar, e vamos ver o quanto isso vai durar. Mas Paul e eu estamos descobrindo que somos criativos juntos, e existe um verdadeiro laço que se forma disso.  Tem sido uma benção. Uma experiencia linda. Então nós vamos continuar dessa forma, se isso faz algum sentido. Mas eu não estou olhando para nós assim ” Nós somos como o The Civil Wars, e nós vamos para a estrada e fazer isso,” entende o que eu digo?

Você escreveu roteiros, dirigiu clips músicas, e agora faz música. Você acha que existe alguma criativa em comum entre os cineastas e os músicos?
Sim, eu acho que existe algumas coisas em comum.   Eu venho trabalhando com atores em videos, e música vem de um lugar bem especial. Então eu só dirigi até agora coisas que tenham valor sentimental para mim. Acho que foi um bom jeito de começar, e ver onde eu posso chegar com isso.

Você disse que uma das suas coisas que você mais gosta de fazer, é sentar com o Paul, e cantar. Quando vocês não estão trabalhando em suas músicas, o que vocês cantam?
Paul adora músicas natalinas, então isso é algo que nós cantamos, e nós cantamos um pouco de Ryan Adams. Ele é o artista favorito do Paul, e claro um dos meus também.  Nós cantamos um pouco de First Aid Kit-  tem uma canção bem legal deles que se chama “Emmylou.”  Nós precisamos fazer alguns covers, porque eu tenho percebido que as pessoas curtem isso. Eles querem cantar junto. Nó fazemos essas sessões de música em nossa casa, onde vários músicos comparecem – eu tenho certeza que meus vizinhos me odeiam- nós tocamos na nossa sala até umas 3 da manhã. E eu sei que as músicas gostam mais são aqueles covers que pegam.


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