Publicado em:11 de dezembro de 2012

Entrevista de Melissa Rosenberg falando da cena da batalha

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A escritora da Saga Crepúsculo, Melissa Rosenberg, devia considerar a carreira de espionagem. Durante anos, ela manteve um segredo gigante: como ela e a autora de Crepúsculo, Stephenie Meyer, decidiram que a adaptação do final da série de filmes poderiam acabar com uma emocionante cena de batalha violenta, que – alerta de spoiler! – acaba sendo nada mais que uma visão de um futuro possível. “Não tem sido um segredo difícil de manter, no entanto, porque ninguém suspeita que vai ser diferente”, diz Rosenberg, ressaltando que a cena realmente não diverge do romance Breaking Dawn. “Os fãs têm o livro [nele], mas eles têm um pequeno desvio de caminho.” Claro, há um pouco mais do que isso. Aqui está a história da chocante cena de batalha de Breaking Dawn – Parte 2, da concepção até as telas:


Nós estávamos filmando Eclipse em Vancouver, e Stephenie e eu fomos jantar em uma churrascaria. Na época, ela estava debatendo se ela ainda queria transformar o quarto livro em um filme, e eu estava debatendo se eu queria continuar com a série. Stephenie sabia que o livro acabava com essa tensa conversa, e ela sabia que não era cinematográfica. Nós começamos a falar sobre o final, e eu não sei quem teve a ideia [de fazer a cena de batalha] em primeiro lugar – nenhuma de nós pode se lembrar exatamente. Parecia simultâneo. Nós apenas fomos conversando, indo e vindo, e ficamos tipo “É isso aí! Isso vai funcionar!”

Eu sempre escrevo cenas de batalha, não porque eu acho que eles vão filmar as sequencias de ação como eu as escrevo, mas porque nós precisamos saber quem morre, quando, por que morre, como eles morrem, quem os mata, qual é a emoção do momento. No final das contas, isso acaba com o diretor e com o coordenador de dublês; eu levei isso tão longe quanto eu podia, nas páginas.

A maneira com a qual eu abordei isso era, quem seria o mais chocante para se matar? Porque a primeira morte inicia a batalha, tem que ser alguém com que todo mundo se preocupa. E porque eles estão todos lá por Carlisle, fazia sentido que ele fosse o escolhido. Bem, na verdade, o primeiro que é morto na realidade é Irina. Mas nem toda a companhia conhece ela – Carlisle, eles vão para a batalha por ele. E você também quer, tipo, quem teria a maior satisfação para matar? Quem teria o momento da vingança? Assim, meio que todo mundo fica com um momento. É claro, Bella e Edward tinham que ser quem mataria Aro. Essa foi a última, e por eles fazerem isso juntos parecia certo. Eu realmente queria ver Bella rasgar aquela maldita cabeça fora. [Risos]

Haveria um grande confronto [em Breaking Dawn: Part 2]. No primeiro momento, quando Bella aperta Edward, e ele fica tipo “Uh, eu não consigo respirar” – que a coisa começa a rolar. Eles interpretam isso muito comicamente. Quando Bella de torna vampira, você tem humor. E é menos sobre as torturas do amor e mais sobre chutar alguns traseiros. Ela derrubando o leão da montanha, e jogando Jacob por aí, chutando sua bunda – que acabou sendo satisfatório, depois de quatro filmes.

Eu não acho que tenha qualquer coisa que realmente se afaste do livro. A coisa é, o livro está todo do ponto de vista de Bella – por exemplo, Jacob diz a Bella, “Ei, eu disse ao seu pai que eu sou um lobisomem.”

Stephenie não pode escrever essa cena porque Bella não está lá. Mas eu começo a escrevê-la! [Risos] Isso é muito divertido para mim. Minha abordagem em geral ao longo de todos os filmes era levar os personagens na mesma jornada emocional que eles levam nos livros. Stephenie sempre teve, contratualmente, uma lista de algumas coisas que poderiam ou não acontecer – não pode haver nenhuma presa, ninguém pode morrer no filme que não morre no livro. Eu realmente nunca olhei para essas listas, porque essencialmente o que as listas dizem é: “Adapte o livro. Não use o livro como uma plataforma de lançamento para uma história completamente diferente sobre como Bella é uma agente da CIA.”

[O elenco] não descobriu [sobre a cena de batalha] até que eu tinha terminado o roteiro, por isso foi muitos, muitos meses mais tarde, quando entraram no set pela primeira vez. Eu não estava lá, mas posso garantir que eles estavam muito empolgados, porque eles tinham que fazer algumas coisas muito divertidas. E na estréia, foi apenas – gritos e mais gritos. Toda vez que alguém ia morrer, as pessoas estavam apenas gritando “Oh, meu Deus!” E então, quando eles perceberam na verdade o que era, eles gritaram mais ainda.

Foi muito engraçado. Meu único problema nas estreias é que eu amo ver esse tipo de energia e os fãs – mas eles gritam tanto que atropelam minhas falas. [Risos] E eu fico tipo, “Fique quieto, tinha uma fala muito engraçada lá! Você acabou de perdê-la!”



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