Publicado em:12 de setembro de 2012

Hitfix: Kristen Stewart seguindo seu caminho com On The Road

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HitFix Não sendo grosseiro, mas pareceu a mim que uma exibição de "Anna Karenina" seguida por uma sessão de perguntas e respostas com Kristen Stewart (com Walter Salles e Garrett Hedlundo por On the Road) foi um interessante contraste. A jovem erra e fica mal falada pela sociedade. Hmm. Mas separar os tablóides de uma pessoa é sempre uma coisa boa, e passar algumas horas com Stewart, primeiro no palco e depois à noite durante uma festa, realmente me cativou, devo dizer.

As pessoas colocam sua melhor expressão nesse jogo para que você fique sempre encantado, seduzido, cortejado pela coisa "por favor, goste de mim" disso tudo. Mas Stewart (que foi precocemente exposta na industria de filmes) é uma garota muito normal no meio de circunstancias muito anormais. E sua "melhor expressão" é difícil de administrar. Ela se contorce no palco entre o suave Hedlund e o intelectual Salles. Ela sente que não se encaixa, mas ela quer isso desesperadamente. Na verdade, ela acha que merece isso.

Um filme como "On the Road" (assim como The Runaways e Welcome to the Rileys antes disso) parece ser um passo a frente de distancia da franquia que a tornou famosa, um anseio para a credibilidade que alguém como Emma Watson está procurando agora. É difícil, entretanto, quando você tem sido rotulado e a percepção do que você tem a oferecer fica enraizada na consciência da cultura pop. E isso se você teve sucesso a fazer com que as pessoas olhem pro seu trabalho em vez de ter sua imagem estampada na "US Weekly".

Em um momento durante a discussão no palco, Stewart relembrou sobre trabalhar no filme e estar fascinada pela oportunidade e o talento envolvido. "Olha, eu sou apenas uma estúpida criança mas eu mereço totalmente estar aqui," ela provavelmente diria humildemente ou assertivamente ao oferecer uma ou outra sugestão durante o processo colaborativo. E foi um grande, brilhante, ilumidado sinal que poderia facilmente servir como uma tese do trabalho de Kerouac que definiu uma geração: Eu sou apenas uma estúpida criança, mas eu mereço totalmente estar aqui.

Isso é, em parte, o que atraiu Salles para o projeto, que foi definido como o "infilmável" por décadas. Após fazer o ótimo filme road trip da América do Sul "Diários de Motocicleta" em 2004, ele se mudou para a ótima road trip da América do Norte. Os filmes separadamente "contam histórias de mudanças sócio-políticas e culturais," ele disse para o público. "E eles estão aprendendo a crescer, o que é interessante. Porque crescer é difícil."

Imediatamente a noção me levou de volta a Stewart, aprendendo a crescer, mas com o mundo inteiro assistindo. E isso não é apenas sobre crescer de um modo geral, mas crescer como atriz. A atriz de 22 anos me contou sobre o quão nervosa ela sempre fica durante uma sessão de perguntas e respostas por causa do balanço de conforto com seus colegas e a sensação de que ela está os representando, como uma extensão. "Por um lado, é só um monte de atores," ela diz. "Mas então eu fico tipo, merda, é um monte de atores! Eles se importam com o que eu possa dizer!"

Você pode dizer que a experiência, particularmente trabalhar com esse elenco e ser guiado por alguém como Salles durante a jornada, foi uma mudança de vida. E isso é um pouco surpreendente para ela. Quando ela leu o livro pela primeira vez, ela disse que não conseguiu se relacionar com o personagem Marylou. E mais do que isso, "você não tem uma noção do coração dela ou de sua mente no livro por causa da forma como ele foi escrito," ela disse para o público.

Mas, no final de tudo, o personagem foi baseado em alguém com coração e uma mente própria: Luanna Henderson. Então Stewart estava ávida para entrar em sua cabeça. Ela encontrou com a filha de Henderson para ajudar a preencher isso e aquilo, mas no final, ela estava completamente tomada por uma pessoa que ela continuava a chamar de "mágica". E dado que Henderson faleceu apenas dois anos antes das filmagens começarem, "Eu senti que ela estava comigo," Stewart disse.

No entanto, os atores não estão retratando personagens reais, e isso é algo que Salles ficava dizendo a eles durante a produção. "Você não está interpretando Jack Kerouac, você está interpretando Sal Paradise," ele diria a Sam Riley. "Você não está interpretando Neal Cassady, você está interpretando Dean Moriarty", ele diria a Hedlund. E "Você não está interpretando Luanne, você está interpretando Marylou," ele diria a Stewart. A distinção é importante, porque enquanto Sal, Dean e Marylou são personagens concretizados por eles mesmos no livro, eles também são exemplos para uma geração e ornar esses destaques é a chave para a grandeza do que "On the Road" é.

O contrário está nas cartas para Stewart. "Kristen Stewart" é um exemplo agora. As duas palavras evocam imagens de tablóides e um romance espetacular de sucesso. Para muitos, elas não parecem reais. Elas são celestiais. Mas -- e isso não deve ser uma grande novidade -- elas são de carne e osso, desejos e sonhos, comprometimento e paixão debaixo daquele exemplo. Há uma Luanne para a Marylou de Stewart, e ela está achando a dela - ou, quem sabe, mais ao ponto, nós estamos -- um humilde passo de cada vez.

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