Publicado em:26 de setembro de 2012

Entrevista de Dakota para o Manchester Confidential

Dakota Fanning foi entrevistada pelo Kevin Bourke, do Manchester Confidential. Confiram a entrevista traduzida a seguir:


Kevin Burke conversa com a estrela de Now Is Good na premiere de Manchester.

Então, você tem apenas dezoito anos e trabalha em Hollywood desde que tinha seis anos. Você já trabalhou com Steven Spielberg, Tom Cruise, Sean Penn, Robert De Niro, Denzel Washington, Julia Roberts, Kurt Russel e outros inúmeros nomes importantes.

Você também faz parte da extremamente bem sucedida franquia de Crepúsculo, e você foi a pessoa mais jovem a ser convidada a participar da Academia de votação do Oscar. Qual é o próximo passo?

Sim, você está certo, vir à Inglaterra – Brighton, para ser preciso – para estrelar em um filme britânico de baixo orçamento como a adolescente que está morrendo de leucemia.

Mas então Dakota Fanning não é apenas mais uma criança mimada de Hollywood, e Now Is Good não é apenas mais uma história sobre a “doença da moda”.

Escrito e dirigido por Ol Parker (roteirista de O Exótico Hotel Marigold), baseado no livro Before I Die de Jenny Downham, Now Is Good se submete ao raro truque de comover sem ser muito sentimental ao contar a história de Tessa (Dakota Fanning), uma garota de 17 anos, e sua decisão de viver a vida ao máximo após receber o diagnóstico de que sua doença é terminal. Escrevendo uma lista de desejos com coisas a se a fazer antes de morrer, Tessa passa por uma série de experiências, incluindo se apaixonar.



Há também um elenco britânico de alto nível, incluindo Paddy Considine no papel do envolvido pai de Tessa, e Olivia Williams como a mãe agradavelmente irresponsável, com Jeremy Irvine – ator de Cavalo de Guerra, como o vizinho galã.

Dakota é o tipo de estrela que (sobre seus próprios protestos, devo dizer) realmente precisou ds segurança para ajudá-la a entrar e sair do screening da Printworks na semana passada em Odeon. Ela claramente não precisa do perfil ou da credibilidade. Então por que ela, assim como o Ol Parker já havia me dito, quis tanto fazer o papel de Tessa?

“Eu simplesmente amei a história e amei a personagem, e quando conheci o Ol, imediatamente quis o papel. Ainda não tinha lido o livro, e nem mesmo ouvido sobre ele. Eu ainda não li, na verdade, mas conheci Jenny enquanto estávamos filmando e ela me pareceu feliz.”

“O desafio da história e da personagem era tentar fazer com que cada momento importasse. É claro, todos sabem como a história acaba, então você tem que fazer com que cada momento do filme importe. É emocionante e doloroso, mas é também muito bonito.”

“Há coisas que ela planeja fazer, mas eu acho que o tema do filme é que a vida apenas acontece. Você tenta planejar coisas, mas às vezes você não pode controlar, e isso pode, na verdade, ser algo muito bom.”

“Surpreendentemente, ela – Dakota – quis o trabalho”, confirma Ol. “Ela amou e isso significou muito, apesar de que você não contrata alguém só porque está lisonjeado. Mas quando ela quer algo, ela é extraordinária. Ela leu o script e eu não sei como ela fez isso, porque nós não o enviamos a ela. Mas havia algo em sua determinação para conseguir o papel que parecia coincidir com a de Tessa. Assim que nos conhecemos ela não teve mais que se esforçar pelo papel, mas foi ela quem marcou a reunião inicial. Eu estava em L.A. a minha esposa (a atriz Thandie Newton) quando recebi a ligação de seus agentes. Então fui vê-la em um hotel e ela conseguiu o papel antes mesmo de o chá chegar.”

Talvez interpretar uma adolescente comum, embora que todas as coisas usuais de adolescentes sejam complicadas pela morte, não seja tão improvável. O apelo de Fanning como pessoa é sua notável capacidade de parecer tão normal, e ela parece genuinamente surpresa quando eu sugiro, como centenas de jornalistas certamente já sugeriram antes, que passar a maior parte de sua vida no set é bastante extraordinário.

“É só o que eu faço, só isso. Minha rotina é estranhamente parecida com a de todo mundo”, ela insiste. “Isso apenas tem sido parte da minha vida como um esporte pode ser parte da vida de outra pessoa. Você cresce e você pratica horas e horas todos os dias, então você viaja para competir ou para jogar. Quando você pensa sobre isso, parece que está em uma escala diferente, mas realmente não está, não mesmo. Atuar tem sido minha atividade extracurricular, e se tornou minha carreira e o que quero fazer no futuro.”

Essa é uma analogia interessante a se fazer, especialmente mais quando os pais de Fanning foram atletas profissionais.

“Minha mãe jogava tênis seis horas por dia e foi para a faculdade ganhando bolsa pelo esporte, pois esse era o jeito que ela poderia ir ao colégio”, ela se lembra. “Então eles me transmitiram a ideia de que você tem que se esforçar para ter as coisas que você quer na vida e a não reclamar. Eu sou muito grata a isso.”

Embora ela seja relutante para personalizar muito essas coisas – atuação é, afinal, uma “atividade extracurricular”, ela admite durante a sessão Q&A que parte do que a atraiu para a história foi que “como uma jovem mulher, você sonha em ter namorados, ir à faculdade, conhecer alguém com quem você quer passar o resto de sua vida e ter filhos. Então, pensar em alguém que nunca realizará esses sonhos, isso foi o que me atraiu.Ironicamente, no entanto, esta foi uma das vezes em que mais me diverti fazendo um filme. Eu adorei a companhia de todos.”

Ela se formou no colegial, onde foi até mesmo líder de torcida e agora está estudando na NYU. Isso não é, no mínimo, um pouco de inconveniência logística, dado que ela já fez mais filmes que aniversários?

“Poderia parecer assim, mas é normal para mim. Eu tenho trabalhado desde os seis anos e, obviamente, tenho ido à escola também. Frequentei um ensino médio regular, seja lá o que isso significa, e não tive um ensino em casa ou nada assim porque eu queria a parte social do ensino médio e a experiência em salas de aula. Sobre ir para a faculdade, eu não me graduei ainda, e eu ainda não terei que decidir por um tempo, então posso fazer o que estiver interessada. Estou tendo aulas variadas, de Literatura Britânica Vitoriana a Monstros Míticos. Ser parte da franquia de Crepúsculo é útil para a última.”

“Curiosamente”, ela reflete, “não sou muito reconhecida por Crepúsculo, porque faço apenas uma pequena parte nos filmes e pareço muito diferente, mas ser reconhecida tem sido parte de minha vida por muito tempo.”

No próximo mês ela irá para Oregon começar as filmagens de Night Moves – como uma eco-terrorista.
“Nenhuma relação com o filme de Gene Hackman, apesar de que isso seria estranho e legal”, ela ri.

Mas talvez o filme mais significativo que essa notável jovem atriz pode desenvolver é um outro filme que foi gravado no Reino Unido no ano passado. Em Effie, que logo será lançado, ela interpreta a noiva adolescente do crítico de arte John Ruskin.

O filme é dirigido por Emma Thompson, sobre quem Fanning diz, entusiasmada “Ela é uma incrível mulher, escritora, atriz, humanitária, mãe e esposa. Ela consegue ser tudo. Eu quero ser como ela quando crescer mas, por enquanto, estou indo com calma.”



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