Todos nós sabemos que fazemos parte de uma era em que a beleza é superestimada. Por causa disso, mulheres recorrem cada vez mais a cirurgias plásticas em busca de seios maiores, cinturas mais finas, lábios mais volumosos e rugas apagadas com um bisturi. Ninguém pode julgá-la já que tudo o que se vê prega que a beleza é fundamental e tem mais validade do que qualquer qualidade. Uma pena, mas pura realidade.
Por mais belas que já sejam, as revistas insistem em transformar as mulheres exagerando no uso do Photoshop antes de expô-las em suas páginas. Mulheres magras, mulheres gordinhas, mulheres jovens, mulheres mais velhas, mulheres reais... Todas essas são submetidas a uma reconstrução milimétrica que as transforma em seres plásticos e irretocáveis que se tornam o sinônimo daquilo que as outras mulheres procuram ser. São estritamente proibidas as rugas, as marcas de expressão e os corpos que não sejam magros. Mulheres reais não estampam capas de revista!
Um bom exemplo da necessidade de falsificar a realidade em prol da beleza absoluta é a capa da revista Cosmopolitan de dezembro estrelada pela cantora Adele. Indiscutivelmente uma das mais talentosas de sua geração, a inglesa é admirada não só pela sua bela voz, mas por assumir seu corpo gordinho e por saber se vestir muito bem. Apesar disso, a publicação fez questão de trazê-la em sua capa com nítidos vários quilos a menos, o que não corresponde à realidade da cantora de 23 anos.
Mesmo Kristen Stewart e Megan Fox, que já são consideradas dentro do padrão ideal de beleza, já estrelaram capas, campanhas e editoriais que as deixaram irreconhecíveis por causa do excesso de edição das imagens.
Agora vem a pergunta: qual é objetivo e a necessidade de retratar, mesmo que na base do Photoshop, mulheres perfeitas ao extremo?
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