Publicado em:23 de setembro de 2011

Collider fala com Taylor Lautner sobre Abduction, Amanhecer e sobre as fãs


O thriller de acção Abduction conta a história de Nathan Harper (Taylor Lautner), um adolescente no secundário que tem a sensação de que está a viver a vida de outra pessoa. Quando ele se cruza com uma imagem de si mesmo de quando era mais pequeno num site de pessoas desaparecidas, ele apercebe-se que os seus pais afinal não são seus e que toda a sua vida é uma mentira. Alvo de uma equipa bem treinada de assassinos, ele é forçado a fugir com a sua vizinha Karen (Lily Collins), que o queria convidar para sair há alguns anos.

No dia da conferência de imprensa do filme, Taylor Lautner falou sobre a história da personagem e o que é que o cativou, falou sobre o facto de ter sempre centenas de fãs à espera de o conhecer, disse que tinha gostado das lutas no filme, de como surpreendentemente ele fez todo o trabalho de dublê, e o fato de ele viver a mesma vida que vivia antes de todo o seu sucesso o ajuda a manter os pés assentes na terra. Ele também falou sobre a pressão que existiu durante os sete meses de gravações da Saga Crepúsculo: Amanhecer, e que ele está aberto para fazer outro filme da série, no futuro.


Já alguma vez já te cansou de ouvir os gritos de todas aquelas fãs?
Para ser sincero, não! Sei que existem momentos, enquanto estou um bocado cansado ou algo assim parecido, ou quando estou a acordar, mas sinceramente não. Se essa é a forma de mostrarem a sua paixão, tenho de aceitar.

Havia mesmo garotas acampadas no set em Pittsburgh, só para te ver ao longe?
Estavam montes de fãs no set. Uma vez, estivemos durante uma semana, a filmar numa cidade chamada Sutersville, e tinha uma população de 600 pessoas. Uma noite, tínhamos mais de 800 raparigas no set, por isso havia montes de pessoas a vir de outros lugares. Foi bastante impressionante. Havia fãs fantásticas em Suttersville.

Como é que você lida com isso?
Era cansativo porque estávamos a filmar cenas à noite. Eu aparecia pelas oito horas da noite e trabalhava até às cinco da manhã, e depois às cinco da manhã saía à rua e estavam literalmente 800 pessoas na rua. Eu tirava fotografias com todos. Demorava uma hora. Tentávamos ser rápidos, mas fazer isso com 800 pessoas ainda demora uma hora. Mas, foi importante para mim.

Existiam encontros fora do normal com as fãs?
Não, nada de especial. Eu tinha cerca de 300 pessoas a cercarem-me, mas era só isso. Eram fãs bem comportadas.

Desde o Crepúsculo, parece que tem ficado mais em forma.
Um bocadinho, não foi?

É bom não ter de fazer tantas sessões de treino físico?
É bom. Mas agora é uma forma diferente de fazer exercício. Agora, estou mais activo e pratico mais desportos, o que é um prazer. Eu posso comer o que quiser, e não tem de ser obrigatoriamente comida não saudável, porque eu como bastante comida saudável. Agora, não tenho de me forçar a comer quando não tenho fome. Não tenho ninguém a controlar e a enfiar-me comida pela boca a dentro, a cada cinco minutos. É óptimo.

Neste filme, a cada cinco minutos apareces sem camisola. Quando leste o guião pensa, “Tenho de aparecer outra vez sem camisola?!”?
Bem, quando eu vi o guião pela primeira vez, existiam provavelmente cerca de cinco ou seis cenas sem camisola, e depois acabou por ser só uma. Tem de fazer sentido para o personagem. Não pode ser uma coisa disparatada. Por isso, encontrámos um momento em que se encaixasse, e foi isso.

O que é que te cativou no guião, em primeiro lugar?
Mesmo em primeiro lugar, foi o percurso da personagem. Só de ouvir a ideia do guião, e onde o personagem começa e onde acaba, e por tudo o que ele passa, eu sabia que ia ser entusiasmante e desafiante para mim, enquanto actor. Foi isso que me atraiu, no início.

O Parkour foi divertido?
Foi. Mas nunca esteve no guião. Foi o Parkour e o painel de vidro que eu parti. Nenhuma dessas partes estava no guião. Mas, quando fomos para o estádio de beisebol e olhámos para aquilo, foi do tipo, “Temos de arranjar uma forma de incorporar este painel gigante de alguma forma”. O mesmo com o Parkour. Surgiu-nos a ideia onde o mau da fita derrubava as pessoas, ao correr numa linha recta, é nessa parte que o Nathan se torna todo cuidadoso e faz Parkour pelo estádio todo, para não magoar as pessoas.

Foi você que fizeste isso tudo?
Sim. Foi muito divertido. Pedia muita preparação e muito trabalho, mas valeu a pena.

Alguma vez já te magoaram?
Nada de especial. Provavelmente foi só algum inchaço e algumas contusões para mim e para o Jason Isaacs na cena de boxe. Foi uma cena de luta muito longa e eram muitas manobras, se algum de nós estivesse mal posicionado levava com um murro mesmo na cara. Ainda bem que tínhamos as luvas postas, por isso não era nada de muito grave. Mas nós entusiasmamo-nos um bocadinho, nessa cena.

Onde é que você vê daqui a dois anos, depois da Saga acabar por completo? Em que direção é que vai?
Essa é uma boa pergunta. Se me tivesses perguntado isso há dois anos atrás, eu não tinha adivinhado que estaria aqui hoje sentado. Mas o meu objectivo é continuar a desafiar-me a mim mesmo para uma maior variedade de papéis e géneros. Outra coisa que me atraiu para isto foi o facto de ser diferente daquilo que eu tinha feito antes, e tive uma grande experiência com isso. Eu gosto disto, mas agora estou à procura de fazer alguma coisa completamente diferente.
Mas nós não vamos ver fazendo um musical, ou vamos?
Eu quero desafiar-me a mim mesmo, mas não assim tanto. Os meus fãs não iriam querer ver isso.

Depois do Crepúsculo, fará outra série?
Sim, se fizesse sentido. Eu faço um filme de cada vez. Se as pessoas gostarem e adorarem, estou definitivamente aberto a essa ideia.

O que é que você acha deste tipo de filme se tornar como uma série Bourne adolescente?
Acho que faria sentido, mas tento não pensar nisso. Nós tentamos fazer um filme de cada vez e, agora, a nossa atenção está no Abduction, e no Abduction só.

É difícil deixar para trás todas as coisas do Crepúsculo, deixar o elenco?
É diferente. Quando acabávamos de filmar algum dos filmes ficávamos um pouco parados, mas sabíamos que era só uma questão de meses até estarmos de volta para filmar outro filme. E quando filmámos os últimos dois, foi difícil para nós porque já tínhamos estes papéis há algum tempo e passávamos muito tempo juntos. Foi um bocadinho emocional. Mas as boas notícias são, nós vamos promover os filmes juntos no próximo ano e meio.

Como é que foi o último dia de gravações?
Foi emocional, claro. No meu último dia de gravações, eu estava sozinho, por isso foi um bocadinho triste. Mas o meu segundo último dia, eu fiz uma cena comigo, com o Rob (Pattinson) e com a Kristen (Stewart).

Quanto tempo é que duraram as gravações?
Sete meses, porque filmámos as duas partes seguidas. Foram cinco meses em Baton Rouge, e dois meses em Vancouver. Foi muito tempo. Foram quase 110 dias de gravação. No princípio, quando vi a programação, pensei, ‘Bem, vou estar cansado, no final disto’. Mas, não foi assim tão mau. Nós divertíamo-nos imenso e gostámos das duas cidades em que estivemos. Passamos uns bons tempos.

Sente que precisa de fazer uma pausa, ou acha que devias continuar este momento e entrar noutra coisa?
É uma boa pergunta. Eu estou-me a divertir agora. Estou a promover e a viajar, o que gosto muito. Eu adoro viajar. Por isso, ainda estou bom para continuar. Mas, vou ter tempo de relaxar e de desaparecer por algum tempo.

Este filme é sobre a família. Ainda é próximo da sua família?
Estou ocupado. No ano passado, só estive em casa durante cinco semanas, mas ainda sou muito chegado à minha família. Eles estão sempre a visitar-me. Ficamos sozinhos no set, ou quando estamos a viajar, por isso é fantástico ter alguém connosco.

Ainda mora em casa, ou vai comprar uma casa sua proximamente?
Ainda estou, mas eu estou mais a viver onde estou a filmar ou onde estiver a promover. Como eu disse, durante o ano passado, só estive cinco semanas em casa. Nem sequer tenho tempo para pensar sobre isso. Mas, quando tiver tempo e estiver em L.A. por algum tempo, poderei começar à procura disso.

É fã do John Singleton, antes de fazeres o filme? Já tinha visto muitos dos filmes dele?
Sim, já conhecia o seu trabalho e sabia que ele era muito talentoso.

O que é que ele trouxe para o filme? Como era a sua relação com ele?
Nós demo-nos muito bem. Divertimo-nos muito juntos. Eu acho que o que ele trouxe para o filme foi a sua paixão. Foi a maior coisa que trouxeram para este filme – o elenco inteiro, a equipa e ele. Gostávamos tanto do filme que demos tudo por tudo. Acho que foi a maior coisa que trouxeram para o filme.

Foi divertido usar artes marciais? Qual é a diferença das artes marciais no filme para a vida real?
Foi entusiasmante fazer artes marciais, pela primeira vez num filme. É diferente porque tudo é coreografado, mas foi engraçado. O que foi entusiasmante foi poder aprender coisas novas, tipo boxe, wrestling e andar de mota. Foram coisas novas para mim. Tive de fazer quase três meses de treino, nesses aspectos, antes de filmar, o que foi muito divertido.

Isso é muito treino.
Foi, sim. Eu queria ter a certeza de que, quando aparecesse para filmar, parecesse que eu sabia o que estava a fazer.

Do que é que gosta mais?
Eu gostei muito do boxe. Foram grandes treinos. É muito diferente de artes marciais, por isso tive de pôr de parte tudo aquilo que sabia e começar tudo de novo, o que foi divertido para mim.

Porque é que gosta de boxe?
O boxe tem muita liberdade e fluidez, e as artes marciais são mais inflexíveis, e também tem a ver com a força e com a estrutura. São grandes treinos porque as minhas sessões eram de uma hora e um quarto até uma hora e meia, mas no fim disso, mal nos apercebemos que trabalhámos tanto e que estamos a pingar. Eu nem acho que trabalhei assim tanto no futebol na minha escola secundária. São grandes treinos. Mas, eu acho que eles foram menos rígidos comigo porque sabiam que eu ia precisar da minha cara, nos meses seguintes.

Qual foi a cena mais assustadora que fez?
Bem, a coisa mais assustadora é que eu não acho que alguma a tenha sido.  

Nem mesmo andar no capô do carro?
Isso foi divertimento para mim. Estava tão entusiasmado com essa cena, e tive de fazer muita negociação para me deixarem fazê-la, com os produtores e os seguros, essas coisas. No princípio foi, “Não, não vais fazer a cena de todo! Tu não vais para o capô do carro.” Mas de alguma forma consegui convencê-los a deixarem-me fazer a cena, mas ainda assim eles disseram, “Ok, mas só vais andar a 20 ou 25 km.” E eu disse, “Oh, vá lá, nunca ouviram falar de representação? Eu tenho de sentir a adrenalina.” Nós acabámos por chegar aos 50 ou 55 km, o que foi divertido. Ainda não são os 80 km que vemos no velocímetro, mas foi rápido.

Houve alguma coisa que não te deixaram fazer, que querias mesmo ter feito?
Não.

Isso é de loucos!
Eu sei, não é? As duas coisas que eu estava com mais medo que não me deixassem fazer era andar no capô do carro e o painel de vidro, e consegui fazê-las. Foi divertido.

Como é que foi trabalhar com a Lily Collins? Como é que ela é, como co-estrela?
Ela é fantástica! É óptima. Ela é super talentosa, e estou muito entusiasmado pelas pessoas que vão vê-la neste filme. Agora, ela já está a fazer outras coisas. Era só uma questão de tempo até ela ser descoberta.

Ela também tinha alguma parte prática contigo, também.
Sim, ela estava comigo. Para além do estádio, ela está comigo o tempo todo. Quase tudo o que eu estou a fazer, ela está a fazer. Ela é um bocadinho difícil. Mas ela gostou, no entanto. Nós divertimo-nos a fazer os duplos. Ela era tão teimosa quanto eu. Ela também queria fazer tudo, e eu já me parecia com a companhia de seguros, “Não sei se deverias fazer isso.”

Há mais alguma coisa que queir fazer na indústria cinematográfica? Quer realizar ou escrever alguma coisa?
Talvez realize. Estou definitivamente a adorar o que estou a fazer agora, e é nisso que estou concentrado. Mas, sempre estive super-interessado em todas as partes dos filmes. Desde que estive nas aulas de produção de vídeo no secundário, era um dos meus sonhos estar envolvido na realização de filmes, não só em frente às câmaras como também atrás das delas. É por isso que este filme é um sonho tornado realidade. É o primeiro filme da minha empresa de produção, e poder estar envolvido nas bases, no desenvolvimento da história e na criação dos personagens e a sua história. Foi muito divertido para mim.

Houve algum filme que te inspirasse para te tornar ator?
Não sei se houve algum filme. Existiam alguns fatores tipo o Tom Cruise, Matt Damon e o Leonardo (DiCaprio). Sempre me interessei por eles. Eles inspiraram-me, desde muito pequeno.

Como é que foi ser o mais bem pago no set? Como é que lidar com a responsabilidade extra?
Eu não andava a pensar sobre isso. Não estava a pensar sobre isso enquanto estava a fazer o filme. Pareceu-me mais um grande esforço de todo o elenco, especialmente quando estávamos rodeados de pessoas como Sigourney Weaver, Alfred Molina, Meria Bello e Jason Isaacs. Foi de certeza um grande esforço da equipa.

Quando se tornou assim tão famoso, tão rápido, existem coisas que gosta de manter só para ti?
Ainda bem, mas eu não sei como é que consigo fazer isto, mas ainda continuo a ter a mesma vida que tinha antes. Em vez de mudar a minha vida inteira e recomeçar uma nova vida, tenho uma vida nova, que é muito divertida e que tenho a capacidade de fazer o que eu adoro fazer, mas fora isso tenho a mesma vida que tinha antes. Eu vou para casa e vejo a minha família, saio com os meus amigos, jogo futebol, e ajudo a minha família em casa. Acho que isso é muito importante. É o que nos ajuda a manter os pés assentes na terra.

O que é que os seus amigos acham do teu sucesso?
Sinceramente, os meus amigos tratam-me da mesma maneira, o que é óptimo. Não iria querer de outra maneira. Seria estranho. Mas eles apoiam-me muito. Eles vêm às premières e vêm os filmes, mas ainda brincam comigo. Somos muito competitivos. São as mesmas coisas que eram antes. Tratam-me da mesma maneira.

Então, nada de inveja?
Não. Eu saberia [se houvesse], se eles estivessem na indústria cinematográfica, mas não, definitivamente não.





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