Publicado em:25 de junho de 2017

Scan com Entrevista de Robert para a revista Gioia (Itália)

Scans


Para o novo filme ele perdeu 15 kg, deixou crescer a barba e tornou-se um explorador da floresta amazônica. Mas, acima de tudo, decidiu arriscar tudo e baixar o cachê, como é certo para um rapaz que alcançou cedo a fama. Ele precisava de vencer.

O que pode fazer se, aos 31 anos, já foi o protagonista de uma famosa saga mundial (Twilight), o homem mais sensual do planeta (duas vezes, de acordo com a revista americana People), o embaixador de uma marca famosa (Dior Homme), e o personagem mais fotografado pelos fãs no museu de cera em Londres?

Ele pensou em começar do zero e combinar com a fama planetária uma nova credibilidade como ator, aceitando reduzir o seu cachê multimilionário para aparecer numa série de filmes independentes, basicamente aqueles que são agradáveis nos festivais e ganham o Oscar. Mesmo que isso significasse perder 15 kg e deixar crescer uma barba para se tornar o cabo Costin, o explorador britânico na selva amazônica em The Lost City of Z, de James Gray, agora nos cinemas.

No filme, assim como na obra de que The Lost City of Z é tirada, Costin é um personagem secundário...

Não me importa se o meu papel é pequeno, o que mais me interessa é a qualidade do projeto e o valor do diretor. Há anos que queria trabalhar com Gray e quando ele me propôs o roteiro eu diss: 'Aceito, qualquer que seja o meu papel'.

Foi difícil ficar pronto para o papel?

Muito, tive de fazer muita pesquisa e descobrir que Costin foi vendedor de frigoríficos. Depois leu um anúncio na revista Times de Londres, que dizia: 'Procura-se aventureiros'. Ele conseguiu o trabalho imediatamente: ele foi um dos únicos a responder ao anúncio e ele estava em muito boa condição física.

Para entrar no personagem você tive de mudar completamente...

Perder peso não é um problema, tinha muitas calorias, então foi suficiente eu comer um pouco menos. Então, a barba foi muito útil: quando tem a cara coberta de pelos, não há necessidade de adicionar muita maquilhagem, o que é fundamental quando o set é no meio da selva.

Como é fazer um filme na floresta amazônica?

Difícil em alguns aspetos, mas também é fascinante. É como estar em férias aventureiras, onde você atravessa o rio em um pequeno barco, que mais se parece com uma casca de noz: fizemos isso na floresta virgem colombiana.

Há outras vantagens em filmar na selva?

Ninguém te aborda para tirar selfies!

Qual é a relação que você tem agora com os teus fãs?

As minhas escolhas recentes implicaram um passo atrás em termos de popularidade, então os meus fãs agora são menos presentes. Sempre fiquei curioso para saber o que é que o público pensa dos meus filmes.

Gosta de correr riscos?

Digamos que estou sempre tentando me empurrar para fora dos meus limites.

Na carreira também?

Acima de tudo na carreira. Depois de Twilight, por exemplo, corri o risco de parecer ridículo ao fazer Bel Ami. Também fiz filmes que pensei que ninguém tinha visto, como Little Ashes, em que tive o papel de Salvador Dalí. Mas, de fato, no outro dia uma pessoa me abordou na rua e disse que aquele tinha sido o filme favorito dela.

O que é que sentiu quando se tornou uma estrela de um dia para o outro graças a Twilight?

Quando atinge um grande sucesso tão rápido, uma voz dentro de você repete continuamente: 'Deve ganhá-lo'. Então, procurei papéis mais desafiantes e imprevisíveis, mas não foi tão fácil convencer os diretores e produtores de que posso fazer mais. É importante ter a coragem de quebrar os esquemas.
Então, não voltaria ao papel do vampiro?

Apenas se tivesse um spin-off todo meu, chamado ''Edward, o retorno''. E eu daria o meu melhor para reverter as expectativas do público, com uma mudança radical do personagem.

E um super herói, faria?

Sim, mas só se o roteiro fosse original. Gosto de surpreender.

Em Cannes apresentou Good Time dos irmãos Safdie. Outro risco?

Sim, eu realmente não sei porque é que eles quiseram que eu fizesse o papel de um assaltante de bancos psicopata.

Manohla Dargis, do New York Times, escreveu que o personagem é 'uma bofetada engraçada num certo tipo de triunfalismo americano'…

Não posso dizer nada. Tal como o cabo Costin diz em The Lost City of Z, 'Eu sou muito britânico para esta selva.'







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