Publicado em:25 de abril de 2017

Àvoir Alire: Pattinson continua a nos deslumbrar com atuações mais do que surpreendentes


Mantendo intacta toda sua genialidade, James Gray recupera um gênero que caiu em desuso para nos oferecer o retrato magistral de um explorador usado por sua sede de aventura.

O argumento: A verdadeira história de Percival Harrison Fawcett, um dos maiores exploradores do século XX. Ele era um coronel britânico reconhecido e um marido amoroso. Em 1906, quando ele está prestes a se tornar pai, a Royal Geographical Society da Inglaterra propôs a ele que partisse para a Amazônia para mapear a fronteira entre o Brasil e a Bolívia. No local, o homem desenvolveu uma paixão por explorar e descobrir vestígios do que ele acreditava ser uma cidade antiga perdida. De volta à Inglaterra, Fawcett não parou de pensar sobre esta civilização misteriosa, dividido entre seu amor por sua família e sua sede de exploração e glória.

Nossa opinião: Por sua sexta realização, esta é a primeira vez que o cineasta James Gray abandona parte de sua amada Nova York para mudar para a Inglaterra do início do século 20. Esta é primeira fase da adaptação cinematográfica do romance The Lost City of Z, escrito por David Grann. Nestas páginas, seguimos as aventuras de Percy Fawcett, famoso explorador britânico, militar de carreira, que desapareceu misteriosamente nas profundezas da selva sul-americana. No legado de obras-primas eternas do calibre de Apocalypse Now e Aguirre, la colère de Dieu; o mais recente longa-metragem de James Gray é adornado com um cenário abundante construído em torno da ida e volta de Percy Fawcett (Charlie Hunnam) entre sua casa e o coração da selva amazônica (além de uma pausa nas trincheiras de batalha).

Como ambos antigos filmes de aventura, com a busca obsessiva de uma civilização perdida e a introspecção profunda de um homem correndo atrás do reconhecimento, Lost City of Z abriga uma vasta experiência de magnitude sem precedentes (que trabalho de dramaturgia!). Uma das primeiras cenas, plenamente estabelecida, apresentando uma caçada, vai, assim, influenciar o resto do filme. Ela simboliza a busca em que o personagem, Percy Fawcett, está prestes a se lançar, focado no que queremos que ele alcance. Ele aspira se ascender socialmente, a fim de limpar a honra do seu nome, uma vez manchada por um pai jogador e alcoólatra.

Quando foi oferecido à ele  iniciar o mapeamento de uma zona desconhecida da selva boliviana, ele vê uma oportunidade perfeita para estabelecer o nome dos Fawcett na sociedade Inglesa. Interpretado por Charlie Hunnam que se entrega de corpo e a alma para o papel (confirmando, de passagem, o seu potencial), o explorador sabe que vai ser avaliado pelos seus resultados, o que o leva a dividir sua sede de aventura. Na verdade, os desafios, as motivações e os dilemas parecem perfeitamente identificados, o que promove ainda mais imersão.

[..] Felizmente, Charlie Hunnam tem a sorte de ser apoiado por um Robert Pattinson, de uma credibilidade inquestionável (ex-galã de Crepúsculo continua a nos deslumbrar depois de atuações mais do que surpreendentes em The Rover, Mapas para as Estrelas, Cosmópolis e Life). O desconforto dos personagens nestes lugares inóspitos conseguiu gerar um forte impacto sobre o espectador. Sem conseguir alcançar o que ele acredita ser seu objetivo, o regresso a casa não abala as convicções de Fawcett. Convencido da existência de uma lendária cidade perdida que ele nomeou de "Z", não hesitará em se embrenhar nas profundezas da selva, a fim de provar seu ponto custe o que custar. [...]





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