Publicado em:1 de dezembro de 2016

Standard 10: É difícil não apreciar The Childhood of a Leader


The Childhood of a Leader narra os acontecimentos da vida de uma criança destinada a se tornar um ditador fascista. Crescendo no rescaldo da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial e, em parte, em torno da assinatura do Tratado de Versalhes em 1919, paralelos com a ascensão de Hitler são óbvios. É claro, no entanto, que esta criança não é Hitler e o filme não deve ser pensado como biográfico, referente a qualquer um líder fascista em particular; ao contrário, é como uma fusão deles.

No entanto, é fascinante ver uma história contada a partir dessa perspectiva; um estudo de caráter, como tal, mostrando os elementos que se misturam na vida desta criança para ajudar a formar o que ela vai se tornar. Podemos culpar a natureza ou a criação? Poderiam seus pais e aqueles que o rodeia terem afetado sua vida de forma diferente, ou seu futuro era inevitável devido ao seu ego inerente e personalidade controladora?

Este filme necessariamente não tenta responder a essas perguntas, mas nos dá o alimento para pensar sobre o assunto. O novato Tom Sweet interpreta 'o menino', chamado Prescott, e esse garoto é bom; um dos principais pontos fortes do filme. Ele sempre se mostra tão naturalmente carismático e charmoso, com uma confiança desconcertante e um penetrante olhar.

Prescott mostra uma inteligência impressionante e uma perspicácia alarmante para um menino de sua idade; algo que ele não compartilha inteiramente com nenhum de seus pais, um dos quais é uma mãe carinhosa que quer ser a principal influência de seu filho, o outro um pai autoritário muito ocupado que/ou não quer passar um tempo com seu filho. A primeira é interpretada pela atriz francesa Bérénice Bejo. O ator irlandês Liam Cunningham, que muitas pessoas podem reconhecer de Game of Thrones, interpreta o pai de Prescott.

Uma das coisas mais impressionantes sobre o filme é a sua trilha sonora, feita por Scott Walker. Rápida, agressiva e intimidadora, esta trilha sonora será uma de suas memórias duradouras da experiência, uma vez que capta a urgência e o receio do que aguarda o futuro de Prescott.

Sutilmente abordado, em uma cena em particular, é o tratamento da Alemanha no fim da Primeira Guerra Mundial. É sugerido que este aspero tratamento, com tom arrogante dos representantes do resto da Europa (um dos quais é o pai de Prescott) para o seu inimigo derrotado, influenciou o que Prescott iria se tornar; um paralelo à ascensão de Hitler e os fatores que levaram a Segunda Guerra Mundial.

[..] The Childhood of a Leader é, certamente, um feito impressionante; vencendo os prêmios de "Melhor Estréia" e "Melhor Diretor" no Festival de Veneza do ano passado.

Completando o elenco principal está Stacy Martin, uma jovem atriz, mais recentemente vista em Tale of Tales, cujo currículo tem aumentado gradualmente desde que apareceu ao lado de Charlotte Gainsbourg em Nymphomaniac de Lars von Trier; e Robert Pattinson, cujo papel aqui é uma partida considerável de projetos anteriores. Pattinson, embora inicialmente parece ser apenas um ator coadjuvante com muito pouco para fazer, tem um papel vital na cena final do filme que justifica sua presença.

No final este filme pode trazer acusações de pretensão - não explica tudo, nem encerra a narrativa com uma resolução nítida - mas as ideias que Corbet passa são para serem admiradas. Isso e uma trilha sonora inesquecível carregam The Childhood of a Leader junto a um bom ritmo. Em última análise, é difícil não apreciar a experiência.






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